O sistema eleitoral norte-americano e o sistema bipartidário fazem com que apenas um pequeno número de Estados sejam de facto importantes na eleição presidencial.
Nas eleições norte-americanas para a Presidência, os eleitores não votam directamente no Presidente e no Vice-Presidente, votam para o colégio eleitoral.
É o colégio eleitoral que elege o Presidente e o Vice-Presidente dos EUA. Para ser eleito Presidente é preciso que o candidato obtenha mais de metade dos votos do colégio eleitoral. Actualmente são necessários 270 votos dos 538 possíveis para um candidato ganhar a Casa Branca. O colégio eleitoral é composto pelos elementos eleitos pelos Estados dos EUA. Em cada Estado vence a eleição o partido que receber mais votos que os demais, numa lógica de o ‘vencedor leva tudo’, ou seja é indiferente o número de votos obtidos a partir do momento que optem mais votos que os demais tem direito a todos os delegados.
O número de elementos do colégio eleitoral é o resultado da soma dos 435 lugares da Câmara dos Representantes, dos 100 lugares do Senado (2 por Estado) e mais 3 de Washington D.C. Ora, sendo a Câmara de Representantes composta por representantes dos Estados consoante a população, os Estados mais populosos têm direito a mais delegados no colégio eleitoral. Aparentemente este sistema faria com que os Estados mais importantes fossem os mais povoados, mas tal não acontece.
A maioria dos Estados dos EUA é primordialmente controlada politicamente por um dos Partidos. A costa oeste dos EUA e o norte da costa leste dos EUA são essencialmente zona democrata enquanto o Sul e o interior são essencialmente zona republicana. Portanto, os Estados mais populosos podem não ser os mais importantes. Analisemos isto do ponto de vista de delegados ao colégio eleitoral, sem baixar da casa dos 15 delegados.
A Califórnia possui 55 delegados, mas é uma zona democrata.
O Texas possui 34 delegados, mas é uma zona republicana.
Nova Iorque possui 31 delegados, mas é uma zona democrata.
A Florida possui 27 delegados, mas apesar de ser no Sul oscila entre ambos os partidos.
A Pensilvânia possui 21 delegados, mas apesar de ser no norte da costa leste oscila entre ambos os partidos.
Illinois possui 21 delegados, mas é uma zona democrata.
O Ohio possui 20 delegados, mas apesar de ser no norte da costa leste oscila entre ambos os partidos.
O Michigan possui 17 delegados, mas é uma zona democrata.
A Carolina do Norte possui 15 delegados, mas é uma zona republicana.
Nova Jersey possui 15 delegados, mas é uma zona democrata.
A Geórgia possui 15 delegados, mas é uma zona republicana.
Nos Estados tradicionalmente republicanos estes conseguem cerca de 180 votos. Nos Estados tradicionalmente democratas estes conseguem cerca de 200 votos.
Considerando que os 180 votos tradicionalmente republicanos vão para John McCain se a eles se juntar a Florida, a Pensilvânia e o Ohio, McCain conseguirá 248 votos.
Considerando que os 200 votos tradicionalmente democratas vão para Barack Obama se a eles se juntar a Florida, a Pensilvânia e o Ohio, Obama conseguirá 268 votos.
A estes Estados devemos acrescentar mais 3 que oscilam entre republicanos e democratas: Missouri (11 delegados), Indiana (11 delegados) e Iowa (7 delegados).
Estes 3 Estados valem juntos 29 delegados, o que a somar à Florida, à Pensilvânia e ao Ohio qualquer candidato que vença nestes seis Estados tem a eleição praticamente garantida.
Se um candidato vencer nestes seis Estados tem a vitória garantida. Portanto, os Estados de facto importantes nas eleições presidenciais nos EUA são: Pensilvânia; Ohio; Indiana; Iowa; Missouri; e Florida.
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